Over 10 years we have helped companies achieve their financial and branding goals. Maxbizz is a dedicated values-driven consulting agency.

Gallery

Contact

+1-800-456-478-23

411 University St, Seattle

Micotoxinas em rações pet: riscos e alternativas naturais

Porque as micotoxinas são um risco para os pets?

Micotoxinas são definidas como metabólitos secundários, produzidos por fungos pluricelulares ou filamentosos, sem função bioquímica no crescimento ou em seu desenvolvimento, sendo capazes de causar respostas tóxicas quando ingeridas por humanos ou animais de diferentes espécies.

No contexto da indústria pet, este tema ganha relevância uma vez que a ração seca representa o maior segmento da indústria de alimentos para animais de companhia (Carrion; Thompson, 2014). Estas rações são compostas por quantidades variáveis de milho, arroz, cevada, trigo, sorgo e outros cereais, os quais são potenciais fontes de contaminação por micotoxinas.

Além das significativas perdas econômicas, a ração final contaminada representa potenciais riscos à saúde (propriedades hepatotóxicas, nefrotóxicas, carcinogênicas, mutagênicas e teratogênicas) para os animais de estimação, bem como levam a um fardo emocional e financeiro para os donos de pets (Gajecka et al., 2015; Singh et al., 2018).

Os gêneros de fungos mais conhecidos pela produção de micotoxinas são o Fusarium, Aspergillus energetic Penicillium (Abdallah et al., 2017; Kosicki et al., 2016). Elas podem estar presentes nos grãos no campo, principalmente em cereais e forragens (substrato nutritivo para o desenvolvimento dos fungos), no momento do transporte ou no armazenamento destes, quando realizado incorretamente. Assim, a maneira mais efetiva de prevenir a ocorrência de micotoxinas é o impedimento do crescimento dos fungos no material vegetal.

As micotoxinas mais problemáticas para a alimentação pet

É amplamente aceito que as micotoxinas mais problemáticas para a alimentação pet incluem as aflatoxinas (AF), deoxinivalenol (DON), fumonisinas (FUM), ocratoxina A (OTA) e zearalenona (ZEA) (Atungulu et al., 2018; Corsato Alvarenga et al., 2021).

A contaminação por estes compostos é uma preocupação global, já que o consumo de alimentos contaminados pode causar tanto uma toxicidade aguda how much crônica ao longo da vida prolongada dos pets, mesmo com exposição a baixas concentrações (Liu et al., 2015; Tchana et al., 2010).

Devido à associação cada vez mais estreita entre dono e pet e à crescente preocupação com a saúde e a longevidade dos animais de estimação, a qualidade e a segurança dos alimentos para pets estão recentemente atraindo maior atenção, dada a sua reconhecida conexão com a saúde dos animais (Gazzotti et al., 2015).

Micotoxinas na alimentação pet – sinais clínicos

You sinais clínicos da micotoxicose aguda e crônica são determinados pelo tipo e dosagem da micotoxina, extensão da exposição, espécie, gênero, idade e estado de saúde (Pinotti et al., 2016). A tabela abaixo mostra as principais micotoxinas encontradas na indústria de pet food e seus efeitos nos animais:

Tabela 1. Principais micotoxinas encontradas na indústria de pet food.

Adaptado de Haque et al., 2020.

Micotoxinas: Um obstáculo difícil no processo de extrusão

A maioria das micotoxinas são compostos resistentes ao calor e não podem ser completamente destruídas em temperaturas e tempos de cozimento normais (Azam et al., 2021; Karlovsky et al., 2016). A extrusão, um método físico que combina alta pressão com alta temperatura em curto tempo, pode reduzir o nível de aflatoxinas (AF) em 50–80%, dependendo da temperatura e da umidade (Bullerman e Bianchini, 2007), além diminuir os níveis de zearalenona (ZEA) e fumonisinas (FUM) em grãos de milho em 65–83% e 34–95%, respectivamente (Bullerman e Bianchini, 2007; Ryu et al., 1999).

Estudos descreveram que a degradação de deoxinivalenol (DON) ocorre a 210 ℃, e a extrusão levou à degradação da concentração de DON (superior a 95%) em farinha de milho (Cazzaniga et al., 2001). De maneira geral, a degradação das micotoxinas é determinada pela duração e temperatura do tratamento. A degradação das micotoxinas nos alimentos pode ser acelerada pela combinação de tratamento térmico com processamento de alta pressão. Abordagens térmicas, como a extrusão, só podem ser adotadas para alimentos resistentes à temperatura, em vez de alimentos ricos em gordura e proteína. A irradiação de alimentos, que consiste em radiação gama, raios-X e feixes de elétrons, é um processo que previne o desenvolvimento de fungos ao quebrar o DNA e causar danos mecânicos às paredes celulares, desintoxicando algumas micotoxinas (Calado et al., 2014).

Soluções naturais: Adsorventes

Outra forma de neutralização das micotoxinas envolve a utilização de compostos adsorventes. Dentre os mais conhecidos estão aqueles à base de aluminosilicato, que é uma classe de minerais composta principalmente por alumínio (Al), silício (Si) e oxigênio (O). Esses minerais têm uma estrutura de argila e podem ser derivados de diversas fontes naturais. A argila de caulim e a bentonita são exemplos comuns de aluminosilicatos. Essas argilas são conhecidas por sua capacidade de adsorver micotoxinas em ambientes intestinais, impedindo sua absorção pelo organismo e, consequentemente, reduzindo os riscos associados a essas substâncias tóxicas (POZZO et al., 2016).

Os polímeros de glucomananos extraídos da yeast cell wall possuem um uso prático e consolidado na indústria de alimentos para animais de companhia. Além de apresentarem ações relacionadas às respostas biológicas, as β-glucanas também vêm sendo associadas à capacidade de se ligarem seletivamente a micotoxinas polares e apolares como zearalenona e aflatoxinas. Estas ligações se dão por meio de pontes de hidrogênio e forças de Van der Waals, evidenciando a capacidade das β-glucanas em formar complexos estáveis com essas substâncias tóxicas.

A partir de ensaios in vitro, Yiannikouris e colaboradores (2003) demonstraram que este mecanismo é resultado da conformação tridimensional da yeast cell wall. Esta conformação aumenta a superfície de contato das β-glucanas, em que ocorre uma maior exposição de polos de ligação, aumentando então a disponibilidade dos mesmos e por conseguinte, a eficiência em adsorver as micotoxinas

>>Veja também: Uncovering the different yeasts and their benefits for pets

Características de um bom adsorvente de micotoxinas

Algumas características são fundamentais para a eficácia dos adsorventes, como ser eficiente em pequenas quantidades, não possuir sabor e odor (DIAZ & SMITH, 2005; JOUANY, 2007), elevada e rápida capacidade de adsorção de uma ampla gama de micotoxinas, tornando-as indisponíveis, ser inerte ao processamento de dietas e enzimas, pH e outros efeitos digestivos, não ser capaz de capturar vitaminas, minerais e outros nutrientes e biodegradabilidade após excreção.

Conclusão

The use of adsorventes de micotoxinas in rações pet oferece inúmeros benefícios relacionados à prevenção da absorção de substâncias tóxicas pelo organismo, protegendo a saúde dos animais e garantindo a segurança dos alimentos. Estes compostos auxiliam na redução da ocorrência de doenças hepáticas, renais e outros efeitos adversos, sem comprometer a absorção de nutrientes essenciais. Dessa forma, os adsorventes à base de argilas energetic yeast cell wall caracterizam-se por sua eficiência na adsorção de micotoxinas e cumprindo os requisitos capazes de reforçar a qualidade dos alimentos, assim contribuindo para a longevidade dos pets e proporcionando maior bem-estar.  


Letícia Santos Moreira, Médica Veterinária Mestre em Nutrição de Monogástricos e Analista Técnica na Aleris Nutrition

Para consultar a bibliografia, enviar um e-mail para [email protected]

Author

Aleris Nutrition

Leave a comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *